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sábado, 2 de novembro de 2013

POR QUE A POTÊNCIA DOS MOTORES É MEDIDA EM CAVALOS?

Minas de carvão, cavalos e máquinas a vapor: conheça a curiosa história por trás deste tão popular termo
Cavalos, minas e máquinas. Confira esta curiosa relação
Inglaterra 1750. os trabalhadores se amontoam sobre minas de carvão. Suas caras e mãos só não estão mais sujas que as patas cansadas dos cavalos parrudos, animais responsáveis por conduzir carroças e mais carroças carregadas com o tão precioso combustível sólido e preto. Com este cenário em mente, imagine também o seguinte: em tempos que precedem o auge da Revolução Industrial, por que não criar máquinas capazes de executar o trabalho de 10, 50 ou até mesmo de 100 cavalos? Justamente: a unidade usada para determinar a potência das máquinas a vapor inglesas na metade do século XVIII foi baseada na performance dos valentes equinos. E, para que possamos entender a forma como a “força de cavalo” ganhou o mundo, é preciso que vislumbremos, antes, o cenário no qual esta unidade foi concebida.
James Watt, cavalos e baldes de carvão
Uma série de convenções realizadas na França nos idos de 1790 deu forma a um sistema “universal” e, portanto, padronizado de medidas. Contudo, dizer que um sistema métrico passou a existir somente depois destas cerimônias não parece ser a mais prudente das afirmações. Mas, querendo ou não, é preciso reconhecer: a potência, medida atualmente em watt (W), não constava nos registros dos físicos de uma Inglaterra da metade do século XVIII. E como medir a quantidade de energia gasta durante um tempo determinado e calcular, assim, a “força” das máquinas? Há pouco mais de dois séculos, pés e libras constituíam-se como as principais formas de medição de distância e massa em grande parte dos países europeus. Eis, então, que em 1769, o engenheiro e inventor escocês James Watt patenteou uma fabulosa máquina a vapor – nasce aí o primeiro capítulo da história que trouxe à tona o termo “horse power” (ou, em português, cavalos de força).
Observação, cálculo e notações - “Um cavalo é capaz de transportar um balde abarrotado de carvão durante quanto tempo e por qual distância?”, pode ter se perguntado o inventor. De todo o modo, note que o tal questionamento traz três grandezas à luz: massa, tempo e distância. E vale novamente lembrar: na época em que James Watt patenteou sua máquina, as seguintes unidades eram válidas:         
Massa: calculado em libras (uma libra = 453 gramas);
·         Tempo: naturalmente medido em minutos; e
·         Distância: em pés (um pé = 30 centímetros).
Feitos esses esclarecimentos, agora é bastante palatável citar a relação utilizada por Watt para determinar o valor de um cavalo de "força". Veja só: os cavalos usados no transporte de carvão conseguiam levantar bacias com cerca de 150 quilos (330 libras, aproximadamente) por 30 metros (100 pés) em um minuto. E voilà: este é o valor de um horse power: a força necessária para levantar 150 quilos por 30 metros durante um minuto.
 Uma homenagem e os “cavalos de potência” - Ao final do século XIX, o Sistema Internacional de Unidades (SI) adotou o watt (W) como unidade de medição de potência. Exatamente: o inventor James Watt foi homenageado em decorrência de suas contribuições no campo da engenharia, tendo seu sobrenome entrado no rol dos padrões métricos internacionais. E a potência? Grosso modo, podemos entender essa grandeza a partir da seguinte ideia: pode ser a rapidez com que uma determinada quantidade de energia é transformada (energia esta fornecida por certa fonte durante um tempo também específico). A indústria automobilística utiliza constantemente o termo “cavalos de potência” para informar a “força” dos motores de um ou de outro carro. Como bem pudemos notar, a história por trás deste conceito é bastante curiosa: inspirado pelos esforços dos animais, James Watt acabou cunhando a tal unidade que, mesmo depois de ter sido padronizada e renomeada, foi capaz de atravessar os séculos.
Fonte: Hypescience,  

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